Desde muito pequeno quis ir visitar à terra de meu padim, mas por falta de oportunidades, nunca vingou o projeto, entretanto, quando eu estava morando no sertão do Araripe, me juntei com duas amigas e fomos passar final de semana nas terras do Crajubá....
Saimos cedinho num sábado e a viagem foi bastante divertida..cada um de nós narrando suas histórias e babados envolvendo nossos alunos e como geralmente professsor não cala a boca, chegamos sem nem sentir ao Juazeiro. As meninas, loucas e desvairadas por compras, já tinham uma lista de objetos a comprar, que ia de panelas à blusas para as tias pernambucanas....eu como parceiro de viagem, andava onde elas iam..só que chegou uma hora que não havia mais parte do corpo que não tivesse sacola ou mochila pendurada e vale ressaltar, que ainda não tinhamos encontrado hotel...Foi então, que um raio de lucidez me tomou e eu decidi ir procurar um hotel, andei cerca de 3 quadras e encontrei hotel central, legal e tranquilo. Voltei para encontrar com as ninjas, que a esta altura já estavam com mais horrores de compras e a lista ainda crescia...eu não sabia onde elas iam colocar tantas compras e nós mal haviamos chegado....enfim, larguei-as e voltei pro hotel, de motoboy, carregado dos dois lados de sacolas, mochilas e panelas....principalmente por causa de Ethienne...
Depois de mais de duas horas no hotel, elas chegaram com mais compras e sacolas...eu já estava me assustando com tudo aquilo e ainda íamos ao Padim...e fomos, andamos, subimos ladeiras, entramos em todas as lojas, fomos no museu, abraçamos o santo, pegamos nas suas roupas e oramos sob seus pés e para variar, mais compras...Me fizeram comprar até colheres de pau, centos de fitinhas de pedidos (destas que amarramos nos braços) e camisas....a maratona terminou já de tardinha e ainda tinhamos toda uma programação noturna a cumprir...
e a ninja da Ethienne, queria encontrar um colega virtual, que iria se tornar real...
Tomamos banho, nos aprontamos e não parávamos de rir e gargalhar ...e fomos ao shopping encontrar o tal moço..ao chegar lá, o moço não era tão moço, já era um vovô e por pura maldade começamos a apelidá-lo de vovó..parecia uma vovozinha de filme...
Mas não sabíamos do que a vovó era capaz de fazer...de início ela se mostrou solícita e amigável, mas eu, com meu 15º sentido, fiquei desconfiadíssimo e me recusei todo o tempo a embarcar na programação noturna que vovozinha havia feito....mas as meninas, todo o tempo diziam: "deixa de ser desconfiado, dá uma chance...." Tolinho de mim, dei a tal chance...
Ao entrar no carro da criatura do além, havia uma mistura impregnada de perfume forte, whisky e cigarro, quase vomitei já neste instante e a minha cara já dizia como feliz eu estava ao embarcar com as meninas...Eu e Patrícia atrás não parávamos de reclamar aos cochichos e Ethienne, bem lady na frente, nos olhava com olhar de reprovação e abuso..nos pedindo com os olhos:fiquem quietos....
Vovozinha nos levou para sua casa e tremi quando entrei na rua da casa dele....a casa ia de esquina a outra, muros com mais de 3 metros e havia no ar, algo de macabro e pesado...Os portões se abriram, o carro adentrou e logo ao descermos do carro, surgiram empregados super desconfiados, servis e com caras de escravos, imaginei que até bolas de ferro eles carregavam nos pés...em seguida, surgiram cães dobermans, enormes e hiper agressivos....e eu disse:" meninas, eu acho que vamos morrer". Ou seria pelas mãos da vovozinha assassina ou pelas bocas dos cães, viciados em comer carne humana.
A vovozinha nos convidou para irmos para sua sala de música, localizada nos fundos da casa e para meu pânico, à prova de som....A esta altura, eu já estava quase correndo e não o fiz, por não ter condições de passar pelos cães, os empregados cúmplices e os muros cheios de alarmes, cercas elétricas e câmaras. Nos serviu cervejas, petiscos e a vovozinha entrava e saia, entrava e saia da sala e a cada vez que ela saia, eu imaginava que ela ia voltar já com a arma do crime...Ela tentou de tudo para nos seduzir, colocou músicas de gosto duvidoso ( e ela achou que tinha abalado), gravações de originais feitas por bandas medíocres, enfim, falsa erudita e falsa cultura...Enquanto Ethienne não acreditava em nada que eu dizia, Patricia já dava sinais de que havia algo errado no ar também e eu comecei a orar...pedindo pela libertação...
Depois de cerca de duas horas no calabouço da vovozinha, ele sentiu que não tinha agradado ninguém e em nada, e resolveu nos levar de volta pro hotel...Descemos com os músculos tesos de tensão...mas Ethienne ainda achava que eu tinha exagerado na interpretação...
Tudo bem, dormimos, acordamos, demos uma volta ainda pela cidade e fomos para rodoviária, pegar nosso charter para o Araripe...Já teve barraco no embarque, pois Ethienne não estava com sua RG e a aeromoça, não queria deixar ela embarcar, depois de muito blá blá, finalmente o embarque e decolagem foram autorizados. As meninas desceram em Exu e eu segui para Araripina, mas as ninjas me colocaram numa fria, o ônibus que eu peguei, entrava em todas as cidades que antecediam Araripina e eu entrei em Bodocó, Ouricuri, Trindade, Ipubi e finalmente Araripina...cheguei a tardinha e destruido de cansado....
Recentemente estive com as meninas desta viagem e Ethienne contou-me uma bomba, a vovozinha estava sendo investigada como cúmplide de um assassinato no Crato....
E começamos a rir mais ainda, pois a vovozinha queria nos levar no domingo pra conhecer a mãe dele, que agente já tinha apelidado de bisa....Imagine que a bisa fizesse parte do plano de morte dos professores pernambucanos...ou parte de uma gangue decidida a minar as forças da educação no Araripe, não meu bem, eu decidadamente me recusaria a embarcar nesta de novo...
Escapamos de um crime.
E não é que o medo tomou conta delas?
Saimos cedinho num sábado e a viagem foi bastante divertida..cada um de nós narrando suas histórias e babados envolvendo nossos alunos e como geralmente professsor não cala a boca, chegamos sem nem sentir ao Juazeiro. As meninas, loucas e desvairadas por compras, já tinham uma lista de objetos a comprar, que ia de panelas à blusas para as tias pernambucanas....eu como parceiro de viagem, andava onde elas iam..só que chegou uma hora que não havia mais parte do corpo que não tivesse sacola ou mochila pendurada e vale ressaltar, que ainda não tinhamos encontrado hotel...Foi então, que um raio de lucidez me tomou e eu decidi ir procurar um hotel, andei cerca de 3 quadras e encontrei hotel central, legal e tranquilo. Voltei para encontrar com as ninjas, que a esta altura já estavam com mais horrores de compras e a lista ainda crescia...eu não sabia onde elas iam colocar tantas compras e nós mal haviamos chegado....enfim, larguei-as e voltei pro hotel, de motoboy, carregado dos dois lados de sacolas, mochilas e panelas....principalmente por causa de Ethienne...
Depois de mais de duas horas no hotel, elas chegaram com mais compras e sacolas...eu já estava me assustando com tudo aquilo e ainda íamos ao Padim...e fomos, andamos, subimos ladeiras, entramos em todas as lojas, fomos no museu, abraçamos o santo, pegamos nas suas roupas e oramos sob seus pés e para variar, mais compras...Me fizeram comprar até colheres de pau, centos de fitinhas de pedidos (destas que amarramos nos braços) e camisas....a maratona terminou já de tardinha e ainda tinhamos toda uma programação noturna a cumprir...
e a ninja da Ethienne, queria encontrar um colega virtual, que iria se tornar real...
Tomamos banho, nos aprontamos e não parávamos de rir e gargalhar ...e fomos ao shopping encontrar o tal moço..ao chegar lá, o moço não era tão moço, já era um vovô e por pura maldade começamos a apelidá-lo de vovó..parecia uma vovozinha de filme...
Mas não sabíamos do que a vovó era capaz de fazer...de início ela se mostrou solícita e amigável, mas eu, com meu 15º sentido, fiquei desconfiadíssimo e me recusei todo o tempo a embarcar na programação noturna que vovozinha havia feito....mas as meninas, todo o tempo diziam: "deixa de ser desconfiado, dá uma chance...." Tolinho de mim, dei a tal chance...
Ao entrar no carro da criatura do além, havia uma mistura impregnada de perfume forte, whisky e cigarro, quase vomitei já neste instante e a minha cara já dizia como feliz eu estava ao embarcar com as meninas...Eu e Patrícia atrás não parávamos de reclamar aos cochichos e Ethienne, bem lady na frente, nos olhava com olhar de reprovação e abuso..nos pedindo com os olhos:fiquem quietos....
Vovozinha nos levou para sua casa e tremi quando entrei na rua da casa dele....a casa ia de esquina a outra, muros com mais de 3 metros e havia no ar, algo de macabro e pesado...Os portões se abriram, o carro adentrou e logo ao descermos do carro, surgiram empregados super desconfiados, servis e com caras de escravos, imaginei que até bolas de ferro eles carregavam nos pés...em seguida, surgiram cães dobermans, enormes e hiper agressivos....e eu disse:" meninas, eu acho que vamos morrer". Ou seria pelas mãos da vovozinha assassina ou pelas bocas dos cães, viciados em comer carne humana.
A vovozinha nos convidou para irmos para sua sala de música, localizada nos fundos da casa e para meu pânico, à prova de som....A esta altura, eu já estava quase correndo e não o fiz, por não ter condições de passar pelos cães, os empregados cúmplices e os muros cheios de alarmes, cercas elétricas e câmaras. Nos serviu cervejas, petiscos e a vovozinha entrava e saia, entrava e saia da sala e a cada vez que ela saia, eu imaginava que ela ia voltar já com a arma do crime...Ela tentou de tudo para nos seduzir, colocou músicas de gosto duvidoso ( e ela achou que tinha abalado), gravações de originais feitas por bandas medíocres, enfim, falsa erudita e falsa cultura...Enquanto Ethienne não acreditava em nada que eu dizia, Patricia já dava sinais de que havia algo errado no ar também e eu comecei a orar...pedindo pela libertação...
Depois de cerca de duas horas no calabouço da vovozinha, ele sentiu que não tinha agradado ninguém e em nada, e resolveu nos levar de volta pro hotel...Descemos com os músculos tesos de tensão...mas Ethienne ainda achava que eu tinha exagerado na interpretação...
Tudo bem, dormimos, acordamos, demos uma volta ainda pela cidade e fomos para rodoviária, pegar nosso charter para o Araripe...Já teve barraco no embarque, pois Ethienne não estava com sua RG e a aeromoça, não queria deixar ela embarcar, depois de muito blá blá, finalmente o embarque e decolagem foram autorizados. As meninas desceram em Exu e eu segui para Araripina, mas as ninjas me colocaram numa fria, o ônibus que eu peguei, entrava em todas as cidades que antecediam Araripina e eu entrei em Bodocó, Ouricuri, Trindade, Ipubi e finalmente Araripina...cheguei a tardinha e destruido de cansado....
Recentemente estive com as meninas desta viagem e Ethienne contou-me uma bomba, a vovozinha estava sendo investigada como cúmplide de um assassinato no Crato....
E começamos a rir mais ainda, pois a vovozinha queria nos levar no domingo pra conhecer a mãe dele, que agente já tinha apelidado de bisa....Imagine que a bisa fizesse parte do plano de morte dos professores pernambucanos...ou parte de uma gangue decidida a minar as forças da educação no Araripe, não meu bem, eu decidadamente me recusaria a embarcar nesta de novo...
Escapamos de um crime.
E não é que o medo tomou conta delas?
Oswaldinho, tive froxos de risos relembrando nossas histórias.Guardo-as com muito carinho de um tempo bom.
ResponderExcluirFicou muito boa a versão do blog. Parabéns!
Beijo querido!
Definitivamente, tu não existe, narrou nossa aventura (com 100kg de exagero, claro!)na terra do meu Padim com riqueza de detalhes que até eu tinha esquecido,vc é demais......... bjocas.
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